
Atenção! Seu Filho Pode ter Mutismo Seletivo
Este blog é destinado ao esclarecimento de dúvidas sobre a questão do Mutismo Seletivo. Está direcionado à pais, pacientes, profissionais da área da saúde, professores e todos aqueles que tenham interesse em conhecer mais a fundo o Mutismo Seletivo. Todos os posts deste blog são frutos de pesquisas clínicas realizadas desde 1996 nesta área. Outras informações também podem ser encontradas atraces do blog www.nepsisorocaba.blogspot.com Seja Bem Vindo!
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Petição: Saindo do Silêncio
Vamos juntos sair do silêncio! Pais, pacientes, profissionais que atuam na área de Mutismo Seletivo, atenção! Este assunto precisa ser tratado de forma mais enfática. Assine esta petição e faça parate desta mudança. unidos seremos mais fortes!
https://www.change.org/pt-BR/peti%C3%A7%C3%B5es/poder-p%C3%BAblico-escolas-redes-de-sa%C3%BAde-profissionais-da-%C3%A1rea-de-sa%C3%BAde-entendam-e-divulguem-a-causa-do-mutismo-seletivo?utm_campaign=share_button_chat&utm_medium=facebook&utm_source=share_petition

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Entendendo o Mutismo Seletivo
O QUE É MUTISMO SELETIVO?
Atualmente no Brasil, ainda sabe-se pouco sobre a prevalência, fenomenologia e tratamento do MUTISMO SELETIVO. Embora o Mutismo Seletivo ainda seja caracterizado como uma “síndrome rara” está começando a ser mais conhecido e estudado pelos profissionais da área da saúde e educação.
Utilizaremos um linguajar um pouco técnico para que possamos explicar com o máximo de fidedignidade ao leitor o que conhecemos hoje como Mutismo Seletivo, uma vez que o trabalho apresentado aqui é fruto de uma vasta pesquisa bibliográfica e baseado em evidencias clínicas de atendimentos psicológicos.
Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM IV), o mutismo seletivo ou Eletivo, é o fracasso persistente em falar em situações sociais especificas (por ex., escolas, com colegas de brincadeiras). É ligeiramente mais freqüente no sexo feminino, e acomete aproximadamente 1% dos indivíduos vistos em contextos de saúde mental. Entretanto pesquisas recentes na área mostram que o mutismo atinge 7 a cada 1000 crianças.
O início do mutismo seletivo geralmente se dá antes dos cinco anos de idade, podendo durar por alguns meses ou persistir por vários anos. A criança pode falar, e de fato fala normalmente em algumas situações sem demonstrar problemas na fala ou aquisição de linguagem.
A bibliografia atual descreve o Mutismo Seletivo (também chamado de mutismo eletivo), através de perspectivas muito diferentes havendo ainda algumas discordâncias entre os pesquisadores.
Alguns autores consideram-no como “problemas de comunicação” ou “estados de ansiedade”, vivenciado pela criança. É provável que o Mutismo Seletivo seja um transtorno com etiologias variadas.
A origem da denominação Mutismo Seletivo vem de hipóteses de que a criança escolhia propositalmente não falar, como se a negação em falar evidenciasse comportamentos rebeldes, de raiva ou de birra. Entretanto observamos que as crianças com Mutismo Seletivo são capazes de se comunicar normalmente em situações que se sintam mais confortáveis e seguras. A experiência clinica da autora revela o fato destas crianças serem bastante inteligentes, com grande capacidade criativa.Segundo McDougall, os indivíduos podem reagir ao sofrimento psicológico através de manifestações psicossomáticas. Todos têm tendência a somatizar todas as vezes que as circunstâncias internas ou externas ultrapassem os nossos modos psicológicos de resistência habituais.
Normalmente comunicam-se bem em casa, dentro do contexto familiar.
As crianças com Mutismo Seletivo encontram modos diferenciados de comunicação, ou seja, através de gestos, sussurros, mímicas, escrita. O silêncio impera como forma de comunicação.
Entretanto não podemos desconsiderar que o fato da criança não falar em contextos sociais pode ser mal entendido ou interpretado caso não seja realizado um diagnostico preciso e precoce.
Tanto os familiares da criança com Mutismo Seletivo, como as pessoas que estão em seu entorno (colegas de escola, professores, vizinhos parentes entre outros), por vezes apresentam grande expectativa para que a criança venha a se comunicar com eles.
É comum que a criança seja o foco de atenções, por exemplo, quando freqüenta uma festa escolar. Provavelmente ela consiga ir (= querer) até a festa, mas não é provável que ela consiga (= poder) se comunicar com todas as pessoas. Este fato é bastante angustiante e gera sofrimento para a criança e para aqueles que estão ao seu entorno.
“Por que o Mutismo Seletivo Acontece”? Como tratá-lo na escola?Atualmente várias correntes de investigações clínicas vêm surgindo para elucidar a etiologia do Mutismo Seletivo, assim como seu tratamento.
Acreditamos que uma situação traumática vivenciada pela criança em algum momento de sua vida possa desencadear a “atitude” de não falar como uma defesa e também como um “ganho” (embora eu não me comunique, não fale, e isto seja doloroso para mim, eu sou vista (o), tenho a atenção e dedicação de meus pais, professores, colegas etc., voltadas para mim).
Ter atenção e dedicação voltadas para nós é muito bom, supre uma série de carências afetivas que podem estar embutidas na personalidade da pessoa e principalmente da criança que está com a personalidade e identidade em formação.
Mas o que será que está acontecendo com aquela criança, que não fala com um determinado colega ou com os professores; e com um colega ou outro e até mesmo com seus pais chega a ser “tagarela”?
O Mutismo traz uma série de questionamentos: a criança pode apresentar um de quadro fobia social, timidez excessiva, transtornos associados (por exemplo, TOC - transtorno Obsessivo Compulsivo), entre outros.
O importante é ter claro que não devemos alimentar expectativas ou “criar” situações inusitadas para que a criança fale. Ela só vai falar quando ela conseguir a SUPERAÇÃO.
Vamos dividir esta palavra? SUPER/AÇÃO.
Que tal? O que você pode compreender disto? Vamos usar uma técnica básica: a troca de lugares.
Pense que você, pai, educador, enfim a pessoa que convive com a criança com Mutismo Seletivo precisa de uma superação ou de uma SUPER/AÇÃO (ação complexa, intensa) para um comportamento de sua vida cotidiana.
Aposto que não é tão simples assim. Superar-se envolve um desgaste emocional, psíquico muito grande. Envolve expectativas, medos, ansiedades, riscos (que nem sempre estamos dispostos a correr), envolve pensar que o outro tem uma opinião pré - concebida a meu respeito, tem um pré-conceito sobre mim e isto gera sofrimento. Será que sou normal?
Esta é a fatídica pergunta com a qual nos profissionais da área da saúde e educadores, lutamos a todo o momento. Afinal a normalidade é um fio muito tênue que nos permeia.
Enquanto profissional da área da saúde, eu diria aos educadores que o primeiro passo para se ter êxito com crianças com Mutismo Seletivo, é não alimentar grandes expectativas em relação a ela. E isto deve ser dito a criança: “Eu te aceito, te recebo nesta escola, te respeito e juntas vamos traçar um caminho para que você seja feliz aqui, mas dentro das suas possibilidades, dentro daquilo que você conseguir SER e FAZER.” Entretanto, é necessário que você saiba que na escola, existem regras, tarefas, deveres a serem cumpridos e o fato de você hoje não se comunicar, com seus colegas ou professores, não impede que você siga os nossos deveres.
Esta frase “Eu te aceito, te recebo e te respeito...”, pode até se transformar em uma brincadeira com a turma toda.
Vejamos como pode ficar:
Primeiro passo:
Faça uma roda com os alunos. Todos devem dar as mãos . De mãos dadas dêem um passo à frente dizendo em voz alta ou baixa “Eu te aceito ”.
Segundo passo:
Dêem um passo atrás e digam: “Te recebo e te respeito ”.
Terceiro passo
Dêem um passo ao lado e digam: “E sigo o meu caminho”.
Com o continuar dos passos os corpos vão se movimentar e falar por si. O educador acabará fazendo uma leitura corporal de seus alunos. Poderá facilitar o entrosamento entre alunos e alunos e professores, pois ao final todos estarão dançando (uma música pode ser usada para dar seqüência ao processo), com corpos menos rígidos e com total capacidade de assimilação das diferenças que há em cada um de nós.
Estaremos também instituindo noções bastante enraizadas de valores e evitando um processo que pode acontecer com crianças que sofrem de Mutismo Seletivo: o bullying.
Algumas outras técnicas podem ser usadas para facilitar o convívio da criança com Mutismo Seletivo na escola. Frequentemente peço aos educadores que usem música e outras “peripécias” e evitem que a criança estabeleça uma comunicação gestual.
O uso de cartões coloridos para diversas situações pode se bem interessante. Se a criança deseja ir ao banheiro deve usar um cartão amarelo, se deseja beber água um cartão rosa, se deseja dar uma volta pelo corredor, um cartão verde. Devemos evitar o uso do cartão vermelho.
Esta troca pode ser feita conjuntamente, ou seja, a professora mostra para a aluna (o) um leque com os cartões e ela apresenta o cartão que deseja, como se estivéssemos em um jogo de cartas. Se a aluna (o) conseguir mostrar o cartão de seu interesse sozinho será muito bom, teremos uma conquista grande. O cartão branco é o cartão “neutro”, ou seja, não desejo nada do que está sendo proposto.
Mas por que ter um cartão verde que permita a criança passear pelo corredor em um determinado momento? Porque estamos falando de crianças que alimentam comportamentos de medo e o medo paralisa qualquer ser humano; qualquer atitude nossa que possa ser estabelecida com as pessoas e com o meio que as cerca. A fobia é um medo muito intenso, por vezes denominado (ou seja, sabemos do que temos medo), por vezes não. O “free pass”, pode dar ao aluno uma sensação de encorajamento, de reestruturação interna.
Outras tantas maneiras de trabalhar com o Mutismo podem ser introduzidas nos casos apresentados, mas é muito importante ter claro que cada criança é uma criança diferente da outra e que irá ter demandas também diferenciadas.
Aos professores eu diria que o aluno com mutismo provavelmente pode desperta uma ansiedade muito grande, um desejo enorme de vê-lo falar. Não se frustre se isto não acontecer e saiba que somos “todos anjos de uma asa só que precisamos abraçarmo-nos uns aos outros para que possamos voar”.
A medicação pode ser necessária em casos de Mutismo Seletivo?
Sim. A criança com MS, muitas vezes apresenta um quadro de ansiedade muito intenso, podendo até ser uma ansiedade generalizada, sendo este um dos pontos importantes considerados no diagnóstico do Mutismo.
A medicação deve ser sempre prescrita por um médico psiquiatra, especialista em infância e adolescência.
Se a medicação for ministrada, as doses com certeza serão ajustadas com o tempo, pois a introdução da medicação é lenta. A dosagem certa para a criança precisa ser encontrada, assim como a medicação também deve ser adequada ao caso da criança.
Nestes casos, pais e educadores devem manter um contato e troca de informações constantes. Observar o comportamento da criança em casa e na escola é extremamente necessário. Sinais de sonolência, apatia, dificuldade de atenção e concentração podem acontecer dependendo da medicação utilizada.
Ajudar a criança a entender este momento é muito importante. Muitos “fantasminhas” podem rondar sua cabecinha: há algo errado comigo? Sou diferente dos outros? Por que a medicação? Por que sinto sono se quero brincar com meus colegas?
Dizer a verdade é sempre o melhor caminho, pois nele não haverá espaço para arrependimentos e fantasias.
O que posso fazer por meu aluno?
João, Maria, Antonio e José não são iguais. Cada qual tem sua estória de vida, concepções e pré-concepções, valores diferenciados. Vivem em lares diferentes, vieram de ventres diferentes, são únicos.
• Veja cada aluno como um ser único, singular.
• Mantenha contato visual intenso com os alunos com MS.
• Não facilite sua vida. Não faça por ele. Ele sabe o que quer.
• Evite colocá-lo em situações que sejam constrangedoras.
• Oriente-o para que ele não se coloque em situações constrangedoras.
• Comunique os pais caso detecte alguma mudança comportamental significativa (seja ela positiva ou negativa).
• Promova a interação escola x pais x aluno.
• Incentive a aproximação de colegas que lhe pareçam “adequados” e com os quais ele possa demonstrar o desejo de vir a falar futuramente.
• O trabalho com arte terapia é muito eficaz nos casos de MS.
• Seja amigo!
•Seja fiel!
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
MUTISMO SELETIVO (Entrevista concedida a Revista Crescer)
Dra Elisa Maria Neiva de Lima Vieira - Psicóloga Clínica
Crianças mais quietinhas e que se não conseguem
falar na presença de estranhos ou de pessoas fora do círculo familiar geralmente podem ser
consideradas somente como tímidas. Quando essa timidez atinge um grau extremo,
esse comportamento excessivamente retraído também pode atrapalhar a formação e
desempenho escolar das crianças.
É o caso da menina M., de 14 anos, que começou a
apresentar os sintomas de mutismo seletivo com 4 anos de idade. Segundo sua mãe
Valquíria, de 45 anos, a menina sempre foi tímida, mas quando a família se
mudou para Sorocaba o quadro se agravou. “Ela não falava com ninguém na escola
e parou de falar com pessoas próximas, como o avô”, conta a mãe. Preocupada,
ela levou a filha ao psiquiatra. Com 7 anos de acompanhamento, a menina já
conversa com os amigos na escola, mas ainda têm dificuldade para falar com
adultos e desconhecidos.
“O tratamento é longo e as melhoras são imediatas.
Ela tem uma coisa de fobia mesmo, é muito forte. Ela tinha dificuldade até para
pedir para ir ao banheiro na sala de aula”. Segundo a psicóloga clínica Elisa
Neiva de Lima Viera (veja entrevista abaixo), o caso se diferencia da timidez
por apresentar sintomas fóbicos. “Uma criança tímida ainda interage socialmente,
a que sofre de mutismo seletivo, não”, explica.
ENTREVISTA
Elisa Neiva de Lima Vieira, psicóloga clínica, que
trabalha há mais de 16 anos com crianças com mutismo seletivo
O que é o mutismo seletivo?
O mutismo seletivo é o fracasso persistente em
falar em situações sociais específicas como na escola, com colegas, durante
brincadeiras. É ligeiramente mais frequente no sexo feminino e acomete
aproximadamente 1% dos indivíduos, no contexto da saúde mental. Entretanto,
pesquisas recentes na área mostram que a prevalência do mutismo seletivo está
estimada em 3 a 8 por 10.000 crianças. Falar sobre mutismo seletivo no Brasil
ainda é algo bastante novo em termos de saúde mental. A maior parte dos estudos
e pesquisas estão relacionados a grandes centros dos EUA. A prática clínica me
levou a observar que crianças com mutismo seletivo podem ter outras desordens
emocionais associadas, como sintomas depressivos, transtorno obsessivo
compulsivo, entre outros.
Como os pais podem perceber?
Os pais desconfiam e saem em busca de respostas e
soluções para a situação. Por ainda se tratar de uma condição considerada como
rara, o mutismo seletivo pode ser confundido com um excesso de timidez, até que
os pais começam a notar que existe um sofrimento grande em seus filhos, que seu
circulo de amizades é praticamente inexistente havendo falhas ou impedimento de
comunicação principalmente no âmbito escolar. Geralmente é a escola que dá o
sinal de alerta, o que corrobora com observações feitas pelos pais. Aí sim
começa a uma busca pelo significado. Os pais podem ficar atentos a
comportamentos diferenciados de seus filhos partindo em busca de profissionais
que possam fazer o diagnóstico.
Quais são os sintomas?
Geralmente a criança diminui seu contato verbal com
as pessoas de seu círculo social permanecendo apenas em contato com o núcleo
familiar. Em alguns casos, ela para de falar também com familiares próximos,
como tios, avós e primos. Seleciona geralmente pessoas que lhe tragam conforto
e segurança para manter o contato verbal. Alguns autores chegam a considerar um
problema de comunicação ou estados de ansiedade vivenciado pela criança. Ele
pode ser caracterizado por timidez excessiva, alto grau de dependência dos
pais, acessos de birra, raiva e agressividade, isolamento social, tristeza,
excessiva rigidez e perfeccionismo.
Quais diferenças da timidez e do
mutismo?
A timidez traz um desconforto, inibição em situações
sociais que podem interferir na realização de objetivos, desejos, mas que são
superadas gradualmente. A criança tímida pode ter um núcleo social reduzido,
poucos contatos, mas é uma criança que se comunica verbalmente, se faz
compreender e não se compromete integralmente. A criança com mutismo seletivo
se isola, não se comunica, sussurra com os pais na frente de estranhos, não
solicita os professores para ir ao banheiro, por exemplo, e se coloca em
isolamento e riso social. Neste ponto eu ressalto que existem casos mais graves
e casos menos graves de mutismo seletivo.
Como os pais podem perceber que não é
uma simples timidez?
Quando os pais estão realmente sintonizados com as
necessidades emocionais de seus filhos eles acabam percebendo que algo está
além do que é o “esperado”, pois eles próprios se sentem inquietos impotentes.
Algo está além de uma tristeza, de uma depressão ou de uma timidez. Eu tenho
tido a felicidade de viver com pais que se dedicam, que buscam juntamente
comigo e com seus filhos a compreensão do que está de fato acontecendo. Eles
são meu norte, o paciente é meu norte caso contrário não há relação terapêutica
estabelecida e o trabalho não irá prosperar. É imprescindível que os pais
também tenham um acompanhamento psicológico.
Quais são as principais causas?
Não há uma causa específica. Ao longo de 16 anos
atendendo crianças com mutismo seletivo, percebi que existe uma grande ligação
entre a criança e a mãe e que a separação desta dupla é quase que uma mutilação
emocional para ambos. Em outros casos vemos famílias fragmentadas, pais com
dificuldade parental e de relacionamento e não devemos perder de vista os
quesitos genéticos e hereditários. É bastante comum os pais relatarem casos de
extrema timidez em sua vida pregressa, outros relatam síndrome do pânico. Todo
este mega constructo emocional reflete diretamente na criança em formação.
Qual a faixa etária das crianças que
apresentam os sintomas?
Geralmente se inicia por volta dos 3 a 5 anos de
idade podendo persistir até a adolescência.
Como é feito o tratamento?
O tratamento para mutismo seletivo tem sido
descrito de diversas maneiras. Eu acredito que é imprescindível que você sinta,
perceba o que seu paciente lhe pede. Depois de estabelecida uma boa relação
terapêutica, é possível desenhar um tratamento adequado para aquela criança,
lembrando que cada caso é um caso diferenciado. Geralmente os psicólogos que
trabalham com mutismo seletivo também se sentem bastante angustiados e
ansiosos. Minha experiência clínica revela que técnicas relacionadas à arte
terapia, psicodrama, psicoterapia corporal, técnicas que valorizam outros tipos
de expressão que não sejam somente a verbal tem tido bastante êxito. O trabalho
em conjunto com um profissional especialista em psiquiatria da infância e adolescência
é de extrema importância para que possamos ter um diagnóstico diferencial e
conduzir o caso da maneira mais adequada, sendo que muitas vezes é necessário
que façamos uso de medicação especifica. Técnicas alternativas de relaxamento,
yoga para crianças também são muito bem vindas.
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